domingo, 3 de junho de 2012

O gringo endinheirado!

Muita gente pensa que os gringos que vêm passar férias no Brasil são ricos, que eles cagam euro e limpam o cú com nota de cem dólares. Pois bem, lhes contarei então uma verdade que talvez mude suas vidas para sempre (ou não): os gringos que vêm ao Brasil, em sua maioria, não são milionários a ponto de comprar um apartamento de 32 milhões de reais no Leblon que imaginamos. Eles pertencem a classe média européia ou norte americana, mas aqui se tornam bam bam bans graças à magnífica taxa cambial.

É o caso do yankee que protagoniza o post de hoje. Beirando a casa dos cinquenta anos, Mr. R veio à cidade calamitosa disposto a cometer todas as barbaridades que ele talvez não cometera durante toda sua vida. Eu fui quem (lamentavelmente) fez sua recepção oferecendo-lhe estadia num hostel e num apartamento. Quando o conheci pessoalmente, esperava encontrar um senhor sério e de pose distinta, mas acabei deparando-me com um coroa maluco.

Por que maluco? Bem, comecemos porque, assim que ele chegou, sem razão aparente, deu a cada uma das faxineiras do hostel a irrisória quantia de 50 reais. Para a recepcionista que tentou configurar seu celular e não conseguiu, ele foi mais generoso: pagou-lhe 400 reais. Mais tarde ele tentou de todas as formas que vocês possam imaginar convencer o gerente a vender-lhe o sofá da recepção para que ele possa comrpar um totalmente novo (sim , é isso mesmo que vocês leram).

Se isso não é ser maluco, não sei mais o que possa ser. Ou talvez saiba! Pagar 700 reais a um cara de porte físico um pouco superior ao do Seu Madruga para ser seu guarda costas particular, bancar jantar para 30 pessoas e depois garrafas e mais garrafas de champagne importado para aproximadamente 50 numa das boates mais caras da zona sul! Este foi o histórico de Mr. R em sua primeira noite em Hell de Janeiro. 

Mas, inferno mesmo vivenciou o mancebo que escreve este texto. Afinal, ele pagou pomposas quantias de dinheiro aos que nada fizeram por ele e a mim, que lhe recepcionei em tudo, me presenteou um cigarro mais fedido que o chulé de um sul coreano que ficou hospedado no mesmo hostel meses depois. 

Enfim, o último encontro que tive com Mr. R foi no apartamento que ele alugou para sua hospedagem aqui. Ele tomava cachaça pura às duas horas da tarde e estava acompanhado de uma puta mais feia que se masturbar pensando na avó. Alguns acreditam que o bacana estava a ponto de morrer e por isso decidiu vir ao Brasil e literalmente botar pra fuder antes de bater as botas.

Algumas pessoas ao morrerem deixam uma grande marca. Minha intuição diz que Mr. R, contanto, continua vivo, mas é certeza que ele marcou a vida de todos que conheceram esse gringo endinheirado.

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